A implementação de métricas ESG tem-se tornado cada vez mais relevante no setor imobiliário, conforme aumenta a consciência do seu papel no desempenho e perfil de risco dos investimentos. Estas estratégias ESG podem incluir a implementação de sistemas de energia mais eficientes e políticas de procurement mais sustentáveis, bem como a redução das emissões de carbono e, numa abordagem mais holística, planos de ação que permitam abordar questões sociais e de governança.
Além disso, as práticas de construção mais sustentáveis têm um papel de destaque nos esforços comuns de descarbonização da economia. O sector do imobiliário e construção emite cerca de um terço das emissões globais de gases de efeito de estufa, sendo por isso expectável que contribua com, pelo menos, um terço da solução.
Também em forte crescimento estão certificações como LEED e BREEAM. Activos certificados apresentam, à partida, sistemas mais eficientes que, ao reduzirem custos operacionais, são vistos como mais atrativos, levando a taxas de ocupação e preços de venda mais elevados.
A sustentabilidade é um processo contínuo e há que promover uma abordagem sistemática para medir e relatar estes esforços, por exemplo, através do recurso a ferramentas como o GRESB (Global Real Estate Sustainability Benchmark), que avalia a performance das carteiras de ativos imobiliários permitindo aos investidores compreenderem melhor o seu desempenho para poderem compará-las.
Se antes restavam dúvidas, o caminho é agora bastante claro. A sustentabilidade já não é uma tendência, é uma necessidade. O futuro do Real Estate é verde.
Artigo de opinião de José Campos e Sousa – Business Developer, publicado na Edição 239 da revista Vida Imobiliária de janeiro / fevereiro 2023.